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Questões de filosofia ENEM 2018 reaplicação
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A Demócrito atribui-se a origem do conceito de
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substrato constitutivo dos elementos, a physis.Esta alternativa está incorreta. Demócrito é famoso por desenvolver a teoria atomista, que fala sobre átomos como as partículas fundamentais que compõem a matéria. A physis, em filosofia pré-socrática, refere-se mais à natureza em geral do que a um conceito específico de partículas materiais. Essa ideia, de um substrato constitutivo geral, não é o que Demócrito propôs com seu conceito de átomo.
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princípio móvel do universo, a arché.Esta alternativa está incorreta. Arché é um termo usado pelos filósofos pré-socráticos para se referir ao princípio ou elemento primordial de todas as coisas. Por exemplo, Tales de Mileto considerava a água como o arché. Demócrito, por outro lado, introduziu o conceito de átomos como componentes materiais da realidade, sem designá-los como uma fonte animadora ou princípio fundamental do movimento ou da vida universal.
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quantidade variante da massa, o corpus.Esta alternativa não está correta. A teoria de Demócrito estava mais centrada na ideia de átomos como unidades mínimas de matéria do que na noção de massa ou suas variações. O conceito de massa, como o entendemos na física moderna, não era contemplado por Demócrito em suas explicações filosóficas.
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porção mínima da matéria, o átomo.Esta alternativa está correta. Demócrito é conhecido por originar o conceito de átomo, a porção mínima e indivisível de matéria, a partir do qual todas as coisas são compostas. Esta ideia é fundamental para sua teoria atomista, onde ele propõe que tudo no mundo é feito de átomos movendo-se no vazio, o que explica a diversidade e a transformação dos fenômenos materiais. É considerada uma das bases para o desenvolvimento da ciência moderna sobre a composição da matéria.
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qualidade única dos seres, a essência.Essa alternativa está incorreta. A essência refere-se à qualidade fundamental ou natureza de algo, e é um conceito mais metafísico. Demócrito abordou o aspecto material e físico do mundo, focando em como a combinação de átomos gera os objetos percebidos. Ele não tentava definir uma essência única ou qualidades metafísicas dos seres, mas sim explicar a composição material da realidade.
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na
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dimensão apriorística.O termo 'dimensão apriorística' está mais associado com a filosofia de Kant, que argumenta sobre conhecimentos que são independentes da experiência. Hume, no entanto, argumenta a partir de uma perspectiva empirista, ou seja, que o conhecimento começa com a experiência sensorial. Portanto, esta alternativa não está correta pois não representa a visão de Hume, que não acreditava em conhecimentos que existam antes da experiência.
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convicção inata.A teoria de Hume não admite a existência de ideias inatas, ou seja, ideias com as quais nascemos. Pelo contrário, ele é um defensor do empirismo, que postula que todas as ideias vêm da experiência. Então dizer que o conhecimento surge de uma convicção inata não está alinhado com o pensamento de Hume. Ele refuta essa ideia ao argumentar que até mesmo as ideias mais complexas se baseiam em experiências sensíveis.
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elaboração do intelecto.Hume defende que toda ideia ou pensamento complexo tem origem em ideias simples que, por sua vez, são cópias de sensações ou sentimentos anteriores. Portanto, a elaboração do intelecto não é a gênese do conhecimento, mas sim um processo subsequente. O conhecimento, para Hume, começa com as impressões que recebemos do mundo ao nosso redor, que são imediatas e vívidas, antes de passarem pelo intelecto.
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realidade trascendental.A ideia de realidade transcendental remete mais uma vez à filosofia de Kant, que fala de uma realidade que existe além de nossas percepções sensoriais. Hume, como empirista, argumenta que nosso conhecimento é derivado da experiência sensorial e que não podemos conhecer nada além do que os sentidos nos apresentam. Assim, falar de uma realidade transcendental não está de acordo com a deixa de Hume que apoia a percepção sensorial como a origem do conhecimento.
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percepção dos sentidos.Esta alternativa está correta. Hume é um filósofo empirista que acredita que todas as ideias têm sua origem nas percepções dos sentidos. Ele faz uma distinção entre impressões, que são experiências sensoriais diretas, e ideias, que são cópias menos vívidas dessas impressões. Portanto, quando Hume fala sobre pensamentos ou ideias como cópias de uma sensação ou sentimento anterior, ele refere-se à percepção como a gênese do conhecimento.
Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de
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exposição cibernética crescente.Quando mencionamos "exposição cibernética crescente", podemos estar pensando em como a tecnologia e a internet influenciam as pessoas atualmente. Marcuse, no entanto, escreveu antes do avanço das tecnologias digitais como as conhecemos hoje. Sua crítica está mais focada nas estruturas econômicas e sociais da época industrial e pós-industrial, como a mídia de massa, mas não diretamente em algo especificamente cibernético. Portanto, essa alternativa não está de acordo com o pensamento de Marcuse sobre as falsas necessidades.
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hegemonia do discurso médico-científico.A "hegemonia do discurso médico-científico" refere-se à influência e poder que o discurso científico exerceu e exerce sobre a sociedade, impondo visões de mundo dentro da sua lógica e racionalidade. No entanto, Marcuse está discutindo como a sociedade de consumo e os interesses econômicos criam e vendem falsas necessidades, e não sobre a hegemonia do discurso médico-científico especificamente. Logo, essa não é a força externa a que Marcuse se refere em seu trabalho. Marcuse está mais interessado nas dinâmicas econômicas do capitalismo que geram essas necessidades manipuladas.
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interesses de ordem socioeconômica.Marcuse, um dos pensadores da Escola de Frankfurt, analisa como a sociedade capitalista influencia as necessidades dos indivíduos, transformando-as em 'falsas necessidades'. Segundo ele, essas necessidades servem para perpetuar o sistema econômico e o status quo. Essas necessidades não são intrínsecas ao ser humano, mas sim impostas externamente por meio de uma sociedade organizada em função de interesses econômicos que procuram gerar consumo e manter a estrutura do sistema vigente. Portanto, a opção que fala sobre "interesses de ordem socioeconômica" está correta, pois reflete essa intenção de impor padrões de comportamento e consumo que beneficiam certas estruturas de poder econômico.
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aspirações de cunho espiritual.A ideia de "aspirações de cunho espiritual" se refere a buscas internas e pessoais, como a busca pelo sentido da vida ou elevação espiritual, que são bem diferentes das falsas necessidades impostas externamente. As falsas necessidades de que Marcuse fala na verdade direcionam a atenção dos indivíduos para o consumo material e tangível, muito distante das aspirações espirituais, que seriam mais autenticamente escolhidas pela pessoa. Assim, esta opção não está correta no contexto da filosofia de Marcuse.
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propósitos solidários de classes."Propósitos solidários de classes" parecem se referir a uma união ou solidariedade entre diferentes classes sociais mais do que a uma imposição de necessidades. No entanto, Marcuse está falando sobre como as necessidades são criadas para controlar e manipular, não para criar solidariedade. A ideia aqui não é sobre propósitos solidários, mas sim sobre interesses que privilegiam uma certa estrutura de poder socioeconômico. Portanto, essa opção não está correta de acordo com a ideia das falsas necessidades imposta pela sociedade capitalista descrita por Marcuse.
Retirado da obra de Thomas Morus, escrita no século XVI, esse trecho influenciou movimentos sociais do século XIX que lutaram para
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inibir a ascensão da burguesia.A alternativa que trata de inibir a ascensão da burguesia está incorreta. Embora o conceito de uma sociedade sem propriedade privada, como descrito por Morus, seja uma crítica aos sistemas hierárquicos de sua época, o trecho da Utopia influenciou mais diretamente movimentos que se opunham não à ascensão social em si, mas à desigualdade produzida pelo capital. No século XIX, a preocupação principal era mais sobre a distribuição do capital e a superação da pobreza extrema. Esses movimentos muitas vezes incluíam a ascensão da burguesia como uma realidade, mas não era o foco principal combater essa ascensão.
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superar o atraso tecnológico.A alternativa sobre superar o atraso tecnológico está incorreta, pois o texto de Morus não aborda diretamente questões relacionadas à tecnologia ou inovação. Os movimentos sociais influenciados pelo conceito de Utopia focavam mais em questões econômicas e sociais de distribuição de bens e igualdade, não nas questões de desenvolvimento tecnológico. A preocupação com o atraso tecnológico deveria surgir mais tarde, especialmente no contexto de outras revoluções industriais, mas não está diretamente ligada ao trecho em questão.
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eliminar a intolerância religiosa.A alternativa sobre eliminar a intolerância religiosa está incorreta no contexto das influências do texto de Morus. Embora questões religiosas fossem importantes na época em que Morus escreveu, o trecho específico de Utopia foca na organização socioeconômica e não nos aspectos religiosos. Os movimentos sociais do século XIX que foram influenciados por esse tipo de pensamento estavam mais concentrados em temas econômicos e sociais, como a luta contra o domínio do capital.
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evitar a destruição da natureza.A alternativa que fala sobre evitar a destruição da natureza está incorreta. No século XIX, o movimento ambiental só começou a ganhar força no final do século, enquanto o trecho de Morus influenciou o pensamento de movimentos sociais que ocorreram mais cedo. Utopia, como descrita, não especifica uma preocupação direta com questões ambientais, mas sim com a organização social e a distribuição de bens, então não é esse o ponto central da tradução social dessas ideias.
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combater o domínio do capital.A alternativa sobre combater o domínio do capital está correta. Durante o século XIX, movimentos como o socialismo e o comunismo se inspiraram em pensamentos utópicos como os de Morus para desafiar o sistema capitalista da época, que enfatizava a propriedade privada e a acumulação de riqueza por uma minoria. Esses movimentos defendiam uma distribuição mais igualitária dos recursos e uma sociedade que não fosse impelementar a desigualdade. Portanto, quando Morus descreve uma sociedade onde 'ninguém tem nada de seu,... todos são ricos', isso ecoava fortemente com os princípios desses movimentos que combatiam a influência excessiva do capital.
MURDOCH, I. A soberania do bem. São Paulo: Unesp, 2013.
Os questionamentos apresentados no texto possuem uma relevância filosófica à medida que problematizam conflitos que estão nos domínios da
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epistemologia e dos limites do conhecimento.Esta alternativa está incorreta porque a epistemologia lida com questões sobre o conhecimento e a forma como sabemos o que sabemos. As questões no texto são sobre o que é moralmente certo fazer em situações específicas, não sobre como adquirimos conhecimento ou os limites do que podemos conhecer. Portanto, a relevância filosófica aqui está mais relacionada à ética.
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ética e dos padrões de comportamento.Esta é a alternativa correta. Os conflitos apresentados no texto estão bem dentro do domínio da ética, que é a área da filosofia que trata das noções de certo e errado, de como devemos agir e dos padrões de comportamento. As questões de como cuidar de uma criança com deficiência mental, como lidar com um parente problemático e o que fazer em um casamento infeliz são todas questões que envolvem escolhas morais e dilemas éticos.
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lógica e da validade dos raciocínios.Esta alternativa está incorreta porque a lógica e a validade dos raciocínios lidam com a estrutura do argumento e a coerência interna das ideias, não com os conteúdos morais ou éticos das decisões. As perguntas no texto referem-se a como devemos viver e tomar decisões éticas, não a como formar argumentos logicamente válidos.
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política e da esfera pública.Esta alternativa está incorreta porque a política e a esfera pública dizem respeito a questões relacionadas ao governo, à administração pública e às políticas sociais. Embora decisões pessoais possam ser influenciadas por questões políticas, o texto em questão está lidando com conflitos morais em um nível pessoal e familiar, o que está mais ligado à ética do que à política.
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teologia e dos valores religiosos.Esta alternativa é incorreta porque, embora os valores religiosos possam influenciar decisões sobre como lidar com uma criança com deficiência mental, um parente problemático ou um casamento infeliz, o foco do texto é mais sobre questões morais e como devemos agir nessas situações, que são preocupações éticas. Teologia envolve o estudo de Deus e das crenças religiosas, mas o texto não está lidando diretamente com Deus ou doutrinas religiosas.
Segundo Rawls, a concepção de justiça legisla sobre ideias do bem, de forma que
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o próprio estatuto do homem como centro do mundo é abalado, marcando o relativismo da época contemporânea.Esta alternativa está incorreta. Rawls não discute o relativismo contemporâneo ou o estatuto do homem como centro do mundo diretamente na sua teoria. Ele foca em um consenso sobre princípios de justiça que funcionem em uma sociedade composta por múltiplas concepções de vida boa, sem invalidar tradições ou valores individuais.
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o homem é compreendido como determinado e livre ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um conjunto de condições objetivas.Esta alternativa está incorreta. Embora Rawls reconheça a coexistência de condições objetivas, sua teoria não se concentra em discutir a determinação e liberdade humanas, mas sim em encontrar um ponto comum de justiça que todas as concepções razoáveis do bem possam aceitar, garantindo liberdades e igualdade de oportunidades.
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o estudo da origem e da história dos valores morais concluem a inexistência de noções absolutas de bem e mal.Esta alternativa está incorreta. Rawls não aborda a história ou origem dos valores morais com a intenção de negar noções de bem e mal. Na teoria da justiça como equidade, ele propõe um consenso sobre princípios de justiça que sejam aceitáveis em uma sociedade pluralista, respeitando diferentes concepções do bem.
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as ações individuais são definidas como efeitos determinados por fatores naturais ou constrangimentos sociais.Esta alternativa está incorreta. A teoria de Rawls não determina ações individuais como efeitos de fatores naturais ou sociais. Embora reconheça a influência de condições sociais, o foco é na escolha de princípios justos que respeitem liberdades individuais e oportunidades equitativas, não em definir ações baseadas em determinismos.
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as intenções e bens particulares que cada indivíduo almeja alcançar são regulados na sociedade por princípios equilibrados.Esta alternativa está correta. Na teoria de justiça como equidade de Rawls, a posição original sugere que indivíduos racionais escolhem princípios de justiça sem saber suas posições sociais. Assim, os princípios escolhidos regulam as instituições básicas da sociedade. Os bens que cada pessoa deseja são, portanto, moldados por esses princípios, que visam equilíbrio e equidade.
A forma de atuação política indicada caracteriza uma prática associada ao(à)
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deliberação autocrática.Essa alternativa está incorreta. Deliberação autocrática refere-se a uma forma de poder onde as decisões são tomadas por um líder ou grupo restrito, sem consulta ou participação de outras partes. O trecho destaca a transparência e participação, que são características de uma gestão participativa, o oposto de uma deliberação autocrática. Portanto, essa alternativa não corresponde ao cenário descrito na questão.
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gestão participativa.Essa alternativa está correta. Gestão participativa é um modelo de administração que envolve a participação ativa dos membros da comunidade na gestão e tomada de decisões. O representante das associações de moradores destaca a transparência e seu envolvimento no acompanhamento das contas e despesas. Isso caracteriza uma prática de gestão participativa, pois as pessoas estão integradas ao processo decisório, influenciando e acompanhando a alocação de recursos.
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poder disciplinar.Essa alternativa está incorreta. Quando falamos em poder disciplinar, estamos nos referindo a uma forma de poder que se preocupa em regular e controlar indivíduos através de regras e normas, como discutido por Michel Foucault. O cenário apresentado não indica essa forma de controle, mas sim uma prática que envolve transparência e participação nas decisões a respeito das finanças, o que está mais relacionado à gestão participativa.
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processo burocrático.Essa alternativa está incorreta. O processo burocrático refere-se a uma forma de organização que privilegia regras e procedimentos formais, visando a eficiência e previsibilidade. Embora o controle social possa ter elementos formais e procedimentos, a questão destaca a transparência e o envolvimento participativo do representante das associações de moradores, que são mais característicos de uma gestão participativa, e não de um processo puramente burocrático.
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autoridade carismática.Essa alternativa está incorreta. Autoridade carismática, segundo Max Weber, é baseada nas qualidades pessoais e carisma de um líder, que inspira devoção e lealdade. No entanto, o texto fala sobre transparência e participação na gestão de recursos, o que não se relaciona com lideranças baseadas em carisma, mas sim num processo colaborativo e participativo, como a gestão participativa.
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